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Explicar o falecimento para as crianças é um momento que desperta preocupação e receio nos adultos, que muitas vezes ficam em dúvida sobre qual a maneira correta de abordar o tema com os pequenos e pequenas. Mas como falar sobre morte para crianças do jeito mais adequado e realista possível sem confundir a cabecinha delas?
Falando com as crianças sobre luto e falecimento
Se para os adultos esse já é um momento mais que delicado, quando se trata dos pequenos isso fica ainda mais difícil. Saiba que não existe idade mínima para falar sobre o assunto, mas o ideal é aguardar o momento do questionamento da criança ou mesmo o falecimento de alguém próximo.
A partir dos 4 anos de idade já é possível criar paralelos sobre vida e morte de maneira lúdica, por meio de histórias, contos, filmes, e até mesmo a partir da morte de plantas e flores, o que ajuda a naturalizar o ciclo da vida. É preciso fazer entender delicadamente que a morte é irreversível, ou seja, quem se foi não vai voltar.
Não evite a palavra “morte”. Esteja preparado para responder de forma sincera e carinhosa a todas as perguntas que forem feitas, sempre com muita clareza. Respeite suas próprias crenças e verdades sobre vida e morte ao tratar do assunto com eles.
Levar os pequenos a velórios e enterros deve ser uma decisão conjunta entre os pais e a criança. Explique da melhor forma o que significam as duas cerimônias e veja se a criança deseja estar presente nelas. Segundo diversos psicólogos, não existe o risco de traumatizá-las nesses momentos. É importante que elas vivam essas experiências logo que puderem.
Evitar criar fantasias sobre a morte para minimizar o sofrimento das crianças não é uma boa alternativa, também conforme a explicação de diversos psicólogos. Fazer isso pode confundir a cabeça dos pequenos, que podem acreditar que um dia o vovô retornará da “viagem” ou a vovó acordará do “sono profundo”.
Não esconda os sentimentos ou reprima o sofrimento da criança. Apenas busque dar apoio e acolhimento, e deixe que ela viva este processo. Se notar que ela ficou muito calada, peça carinhosamente para que ela diga o que sente, desenhe o que está pensando, nunca deixe a criança desamparada neste momento.